Não concordo com uma cultura moldada por algoritmos. E é isso que a maioria das redes sociais mainstream se tornou. Por isso, saí de lugares como Facebook, Twitter e cá estou.

Sigo mais conversas do que pessoas.

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Cake day: September 6th, 2024

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  • Sobre o tema em si, do ponto de vista filosófico, creio que Emil Cioran e sua obra sejam pertinentes. Ele é citado nos livros do André Cancian e é apontado como influência no álbum ‎The Nightmare Of Being (At The Gates) (no lado direito da capa do disco, clicando em “more”, abre uma entrevista com comentários faixa a faixa. Em suma, o Pessimismo Filosófico.

    Sobre o aspecto quantitativo, tenho uma família gigantesca e, como pessoa introvertida, é bem difícil lidar com isso. Seja com os óbitos frequentes dos mais velhos, quase todo ano umas duas pessoas se vão; seja com os nascimentos frequentes e o constrangimento de não decorar o nome ou não saber identificar tanta gente. A média é de dois filhos, mas me deparei recentemente com um primo que já está no quarto filho (este último, não planejado)… Isso em 2024 é algo desconcertante para mim.

    Particularmente, não desejo ter filhos. Mas não fico incentivando as pessoas a terem ou não terem, apenas que se planejem. No caso do Brasil, como dito, a taxa de natalidade diminuiu. Com isso, acredito que o grande problema não seja ter ou não filhos, mas a janela de tempo em que isso ocorre e se é de forma planejada ou não. É muito frequente gravidez na adolescência ou nos primeiros anos de vida adulta, quando não há planos de matrimônio e/ou condições financeiras para a empreitada. Além de causar o abandono escolar / trancamento de matrícula na instituição de ensino, muitas vezes. Isso não só atrapalha a vida dos pais, nessa fase, como pode tornar a vida dos filhos bem conturbada e cheia de privações.

    Por outro lado, dentro da realidade brasileira, se os casais forem esperar o momento ideal e de estabilidade financeira, isso pode acontecer fora da janela de fertilidade, o que torna a questão um dilema. De qualquer modo, diante não dos temores, mas da realidade concreta das mudanças climáticas, não acredito que uma pessoa nascida hoje, no Brasil, consiga a ter uma vida digna (nestes aspectos). Daqui para frente, o clima será algo atroz.