No próximo domingo (27), eleitores de 52 cidades brasileiras vão às urnas pelo segundo turno das eleições municipais. Em 20 desses municípios, candidatos progressistas, filiados ao PT, PSB, Psol e PDT, estão na corrida pela vaga de prefeito.

A maioria dos candidatos de esquerda e centro-esquerda são do PT, com 13 representantes no segundo turno. Além deles, o PDT possui três candidatos na disputa, Psol e PSB possuem dois cada um. Dos 20 municípios, seis são capitais: Aracaju (SE), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Natal (RN) e São Paulo (SP).

Capitais

Em Aracaju, Luiz Roberto (PDT) enfrenta um cenário complexo contra Emília Correa (PL) e, segundo as pesquisas, deve perder a eleição. A capital sergipana foi a única com mais mulheres do que homens disputando a prefeitura.

Lúdio Cabral (PT), surpresa no segundo turno da corrida eleitoral em Cuiabá, usa a última semana para tentar se aproximar de Abílio Brunini (PL), que lidera a corrida eleitoral no município. A diferença entre os candidatos têm variado entre 4% e 7%. A capital mato-grossense é uma das duas em que PT e PL se enfrentam no segundo turno.

A outra é Fortaleza, onde ocorre a disputa mais imprevisível do país. Na capital cearense, Evandro Leitão (PT) e André Fernandes (PL) aparecem empatados tecnicamente em duas das quatro pesquisas da última semana. Nas outras duas estão exatamente iguais, com o mesmo percentual.

Apesar de Porto Alegre ter vivido a maior enchente de sua história neste ano, durante a gestão de Sebastião Mello (MDB), o porto-alegrense parece disposto a dar mais quatro anos ao atual prefeito. Os levantamentos sobre a corrida eleitoral indicam que o mandatário deve se reeleger com uma margem tranquila no pleito contra Maria do Rosário (PT).

Em Natal, Natália Bonavides (PT) construiu uma das histórias mais impressionantes do primeiro turno, saindo do quarto para o segundo lugar, o que lhe garantiu uma vaga no segundo turno. Porém, Paulinho Freire (UB) lidera o pleito e pode ser consagrado prefeito, de acordo com as pesquisas.

Guilherme Boulos montou uma engenharia de guerrilha para a última semana de eleição em São Paulo. Precisando tirar de 10% a 15% na reta final, o psolista visitará eleitores nas periferias da capital paulista até o dia da eleição. Seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), se concentrou em construir uma agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem almoçou e deve frequentar um culto.

Demais municípios

Em Anápolis (MA), as pesquisas mostram Marcio Correa (PL) e Antonio Gomide (PT) empatados tecnicamente, com vantagem para o candidato da extrema direita. Já em Camaçari (BA), o cenário é similar, mas com vantagem do petista Luiz Caetano, em relação a Flávio Matos (UB).

Em Caucaia (CE), Waldemir Catanho (PT) aparece com desvantagem de até 32% nas pesquisas e pode perder a prefeitura local para Naumi Amorim (PSD).

Em Olinda (PE), Vinicius Castello (PT), que terminou o primeiro turno na liderança, aparece atrás de Mirella (PSD), que é casada com o atual prefeito do município.

Na região do ABC paulista, berço do PT, desde o começo do segundo turno, José de Fillipe (PT) e Taka Yamauchi (MDB) aparecem empatados tecnicamente em Diadema, com o petista atrás. Assim como em Mauá (SP), onde o prefeito Marcelo Oliveira (PT) também aparece empatado com Atila Jacomussi (UB), que sustenta uma vantagem mínima.

Henrique Paraíso (Republicanos) deve ser confirmado prefeito de Sumaré (SP) no próximo domingo, de acordo com as pesquisas. A vantagem para William Souza (PT) chega a ser de 13%.

Em Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PDT) deve impor uma dura derrota ao bolsonarismo, ao vencer Carlos Jordy (PL), representante de primeira fileira da extrema direita, é o que mostram as pesquisas.

Na região Sul, em Pelotas (RS) e Santa Maria (RS) não houve registro de pesquisas para o segundo turno.

Edição: Nicolau Soares