O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deixou o Estado “à beira do colapso financeiro” e “tenta empurrar a conta para o servidor” com a chamada “recuperação fiscal”.
Romeu Zema “deixou Minas Gerais à beira do colapso financeiro e ele tenta empurrar a conta para o servidor público e quando ele faz isso mostra que não tem compreensão do Brasil”, apontou o ministro.
“Zema viveu em uma bolha em Araxá. Não entendeu que o Brasil tem diferenças sociais, ele não conhece o interior de Minas como nós”, continuou.
O problema da dívida de Minas Gerais vem sendo discutido entre diversas figuras da política do Estado porque Romeu Zema a deixou explodir, chegando a passar R$ 160 bilhões só com a União.
O bolsonarista Zema propôs, como “solução” para a dívida, um Regime de Recuperação Fiscal para Minas. Com isso, ele queria cortar gastos e congelar os salários dos servidores.
A proposta foi duramente criticada, inclusive pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Pacheco apresentou um projeto permitindo o abatimento da dívida a partir da federalização de ativos do Estado de Minas, o congelamento do valor principal da dívida e seu parcelamento em até 30 anos, entre outros pontos.
Entre os ativos que são citados como opções para serem federalizados estão a estatal Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e a Codemge (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais).
Silveira afirmou que a proposta de Recuperação Fiscal é “irresponsável com o povo brasileiro”. O ministro defendeu a federalização dos ativos de Minas. “Se ele for responsável, coloca esses ativos [para a União] para não colapsar o Estado”.
Na terça-feira (9), Romeu Zema elogiou o projeto de Pacheco, mas pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 90 dias da suspensão dos pagamentos da dívida.
Zema já voltou com a ameaça do Regime de Recuperação Fiscal caso o prazo não seja estendido.
Calma @sulunia@lemmy.eco.br . Tem mais 2 anos e meio ainda. Tem muita coisa para piorar ainda.